domingo, 2 de fevereiro de 2014

Philip Seymour Hoffman morre aos 46 anos de overdose

Caríssimos cinéfilos,

Infelizmente hoje, dia 2 de fevereiro, perdemos um dos grandes atores do cinema atual: Philip Seymour. Ele foi encontrado morto aos 46 anos, no banheiro de seu apartamento em Nova York, neste domingo (2). Ele ganhou o Oscar de Melhor Ator por "Capote", em 2006, e foi indicado na premiação outras três vezes. A notícia foi divulgada em primeira mão pelo jornal "Wall Street Journal".

"Estamos investigando uma possível overdose neste local", disse uma fonte policial à agência France Presse. A polícia recebeu um telefonema do roteirista David Katz por volta das 11h15 locais (14h15 de Brasília). Segundo o "Wall Street Journal", o ator tinha uma seringa no braço. A necrópsia deve acontecer na segunda-feira.
Hoffman era casado com a estilista Mimi O'Donnell e deixa três filhos: Cooper, de dez anos; Tallulah, de seis; e Willa, de quatro. Ele lutava contra o vício em drogas e ficou internado em uma clínica de reabilitação no ano passado por dependência de heroína, após uma recaída. Em 2006, durante entrevista ao programa "60 Minutes", da CBS, relatou sua relação com as drogas. "Já gostei de tudo", comentou. "Estamos devastados com a perda do nosso querido Phil e apreciamos as demonstrações de amor e apoio", disse a família do ator, por meio de um comunicado divulgado pela imprensa americana.
Segundo o site da emissora Fox News, uma fonte da polícia disse que existe a possibilidade de Hoffman ter recebido um tipo mais potente de heroína, que contém o analgésico fentanil, opiáceo utilizado para aliviar a dor de pacientes com câncer. A combinação, ainda segundo a Fox News, foi responsável pela morte de vários usuários nas últimas duas semanas.
De 'Boogie Nights' a 'Jogos Vorazes'

Hoffman se graduou em Artes Cênicas, em 1989, na Tisch School of the Arts, em Nova York. Dois anos depois, foi escalado para o filme independente de baixo orçamento "Triple Bogey on a Par Five Hole". Em 1992, com nome de Philip S. Hoffman, atuou em "Perfurme de Mulher", com Al Pacino.


O primeiro papel de destaque foi em "Boogie Nights", de 1997. Ele intrerpretou um gay que tentava conquistar o protagonista do filme. Dirigido por Paul Thomas Anderson, o longa conta os bastidores do cinema pornô californiano dos anos 70 e início dos 80.
No ano seguinte, chamou atenção ao atuar em "O grande Lebowski", dos irmãos Coen. Entre os projetos recentes está a saga "Jogos Vorazes". Ele era Plutarco Heavensbee no filme de 2013, "Em chamas". Estava confirmado para as duas outras partes da franquia. Segundo o blog The Wrap, especializado nos bastidores de Hollywood, faltava ainda uma semana de filmagens para o ator.
Hoffman já foi quatro vezes indicados ao Oscar. Além de levar o prêmio por "Capote" (2005), foi lembrado pela Academia por suas atuações como coadjuvante em "O mestre" (2012), "Dúvida" (2008) e "Jogos de poder" (2007). Outro personagem importante da carreira foi Jon Savage, em "A Família Savage" (2007), que o fez ser indicado ao Globo de Ouro.
Ele também recebeu elogios ao interpretar o jornalista Lester Bangs em "Quase Famosos" (2000) e o vilão Owen Davian de "Missão Impossível 3" (2006).
A filmografia de Philip Seymour Hoffman tem ainda "Tudo pelo Poder" (2011), "Sinédoque, Nova York" (2008), "Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto" (2007), "Magnólia" (1999), "O talentoso Mr. Ripley" (1999), "Dragão Vermelho" (2002), "Cold Mountain" (2003), "Patch Adams" (2008), "O homem que mudou o jogo" (2011), entre outros.
Hoffman produziu filmes, com destaque para "Capote" e "God's Pocket", inédito no Brasil. Ele dirigiu e protagonizou "Vejo Você no Próximo Verão", de 2010.
No teatro, foi indicado três vezes ao Tony Awards. Um dos destaques é a peça "True West", encenada na Broadway.
Nas redes sociais, famosos lamentaram. "Devastador. Que ator incrivelmente talentoso. Que descanse em paz", disse o cantor e ator Justin Timberlake. Atriz e produtora do seriado "Girls", Lena Dunham comentou: "Um homem bonito, bonito. Nós perdemos tanta alegria por algo tão pouco alegre". "Insuportavelmente, chocantemente, profundamente triste. As palavras falham em descrever sua vida e nossa perda", escreveu a atriz Anna Kendrick.

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